Kant no seu texto que responde à questão sobre O que é o Esclarecimento, demonstra
nas entrelinhas sua concepção antropológica, sua relação íntima com a epistemologia, assim
como fica subjacente os ideais que permearam o ambiente intelectual nos pensadores europeus
da Ilustração. Primeiramente, é válido destacar que o espírito de época no período em que o
filósofo prussiano elaborou seus escritos, é profundamente marcada pelo cogito cartesiano,
pelas transformações sociopolíticas entre Igreja e Estado, a ascensão da burguesia, e por fim o
domínio técnico dos meios de produção; em suma, compreender o clima social vigente no
século XVIII é fundamental para o entendimento acerca do pensamento sobre o homem em
Kant e sua intrínseca relação com o saber.
No Iluminismo, como Lima Vaz aponta, rompe completamente da concepção cristã
sobre a condição humana: enquanto os cristãos através de seus preceitos teológicos,
universalizavam o ser humano, tal qual afirma o apóstolo Paulo, unificados pela fé a totalidade
dos cristãos tornam-se um aos olhos do Cristo; na “era das luzes” ao contrário, a
individualidade é acentuada por intermédio do Esclarecimento, ou seja, o homem transformase realmente um a partir do momento que passa da Minoridade para Maioridade, dito de outro
modo, quando desfaz das tiranias (dos sentidos e da religião) que limitam sua capacidade de
pensar por si e eclode a verdadeira dignidade humana, a liberdade de pensar e agir em
conformidade com a razão. Longe de ser mero individualismo, a perspectiva Iluminista de Kant
dá ênfase ao papel fundamental que o “esclarecido” possui na sociedade:
nas entrelinhas sua concepção antropológica, sua relação íntima com a epistemologia, assim
como fica subjacente os ideais que permearam o ambiente intelectual nos pensadores europeus
da Ilustração. Primeiramente, é válido destacar que o espírito de época no período em que o
filósofo prussiano elaborou seus escritos, é profundamente marcada pelo cogito cartesiano,
pelas transformações sociopolíticas entre Igreja e Estado, a ascensão da burguesia, e por fim o
domínio técnico dos meios de produção; em suma, compreender o clima social vigente no
século XVIII é fundamental para o entendimento acerca do pensamento sobre o homem em
Kant e sua intrínseca relação com o saber.
No Iluminismo, como Lima Vaz aponta, rompe completamente da concepção cristã
sobre a condição humana: enquanto os cristãos através de seus preceitos teológicos,
universalizavam o ser humano, tal qual afirma o apóstolo Paulo, unificados pela fé a totalidade
dos cristãos tornam-se um aos olhos do Cristo; na “era das luzes” ao contrário, a
individualidade é acentuada por intermédio do Esclarecimento, ou seja, o homem transformase realmente um a partir do momento que passa da Minoridade para Maioridade, dito de outro
modo, quando desfaz das tiranias (dos sentidos e da religião) que limitam sua capacidade de
pensar por si e eclode a verdadeira dignidade humana, a liberdade de pensar e agir em
conformidade com a razão. Longe de ser mero individualismo, a perspectiva Iluminista de Kant
dá ênfase ao papel fundamental que o “esclarecido” possui na sociedade:
“O uso público de nossa razão deve a todo momento ser livre, e somente ele
pode difundir o Esclarecimento entre os homens; [...] entendo por uso público
de nossa razão o que fazemos enquanto sábios para o conjunto do público que lê.” (KANT, 1783)
Visto que o indivíduo que alcançou a Maioridade possui a função social de despertar o
povo para o conhecimento crítico, ou seja, a Liberdade adquirida da emancipação do jugo dos
tutores que mantém a humanidade refém de suas interpretações, a antropologia kantiana
assume uma compreensão pragmática do ser humano. No entanto, para o sujeito passar de seu
estado de Minoridade para o Esclarecimento é necessário trilhar o itinerário da razão, o que, de
acordo com Kant, é preciso alguns elementos fundamentais, tais como: ser do gênero
masculino, sair da preguiça confortante de deixar terceirizar o pensamento a outros, vencer a
covardia para assumir a “coragem de te servir de teu próprio entendimento, tal é, portanto, a
divisa do Esclarecimento.” (KANT, 1783).
Levando em consideração que o fato de Esclarecer, em suma, é a autonomia do agir e
pensar no indivíduo, a antropologia desenvolvida por Kant está estritamente conexa com seu
entendimento de Liberdade. O homem só é livre, quando passa para a condição da Maioridade,
como já dito, o progresso da Razão que eleva o indivíduo a vencer as falhas que o prendiam na
externalização do pensar; conhecer é pensar por si, pensar só é Liberdade.
povo para o conhecimento crítico, ou seja, a Liberdade adquirida da emancipação do jugo dos
tutores que mantém a humanidade refém de suas interpretações, a antropologia kantiana
assume uma compreensão pragmática do ser humano. No entanto, para o sujeito passar de seu
estado de Minoridade para o Esclarecimento é necessário trilhar o itinerário da razão, o que, de
acordo com Kant, é preciso alguns elementos fundamentais, tais como: ser do gênero
masculino, sair da preguiça confortante de deixar terceirizar o pensamento a outros, vencer a
covardia para assumir a “coragem de te servir de teu próprio entendimento, tal é, portanto, a
divisa do Esclarecimento.” (KANT, 1783).
Levando em consideração que o fato de Esclarecer, em suma, é a autonomia do agir e
pensar no indivíduo, a antropologia desenvolvida por Kant está estritamente conexa com seu
entendimento de Liberdade. O homem só é livre, quando passa para a condição da Maioridade,
como já dito, o progresso da Razão que eleva o indivíduo a vencer as falhas que o prendiam na
externalização do pensar; conhecer é pensar por si, pensar só é Liberdade.

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